Velhinhos

De longada nos caminhos,
Passam velhos pobrezinhos
A sofrer, sem pão, sem lar...
Ao sabor da ventania,
Suportam a noite fria
A gemer e mendigar.

Choram à míngua de afeto,
Sem a carícia de um neto
No dias de solidão.
Foram jovens, entretanto...
São hoje estátuas de pranto,
De pobreza de aflição.

Olhando esse quadro amargo –
Oh! Nunca passeis de largo,
Gargalhando e andando ao léu! –
Daí- lhes o pão da bondade,
Que a bênção da caridade
Será vossa luz no Céu.

XAVIER, Francisco Cândido. Jardim de Infância. Pelo Espírito João de Deus. FEB. Capítulo 13.