Conhecimento para a ação

As Leis que regem a Natureza são constante apelo ao homem que sabe investigar e deseja progredir.

Qualquer transgressão em referência aos seus códigos soberanos resulta em falta que se impõe como necessidade de reparação.

Ninguém se lhes escapa.

Cada criatura age conforme a sua própria natureza, os seus atavismos espirituais, constituindo-lhe dever libertar-se dos negativos, os primitivos, os que o atam às expressões da sensualidade de variada gama, iniciando outras experiências que se harmonizem com a parte divina no imo adormecida.

Isto lhe ensejará a aquisição da sabedoria, emulando-o sempre ao aprimoramento do caráter.

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Um dos métodos eficientes para o desiderato é o do conhecimento que liberta da ignorância, do medo, do egoísmo e da avareza.

O passo imediato é a ação, o cumprimento dos deveres que enobrecem, embora se apresentem humildes e insignificantes, sem avançar o passo para realizar os labores do próximo, porque projetam a personalidade e promovem o orgulho, ou manter-se impassível diante da vida.

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É melhor que a desencarnação te alcance no cumprimento dos deveres do que te encontre na ociosidade dourada, na existência frívola e perfumada.

O hábito do serviço promoverá os teus valores morais, não obstante, muitas vezes, faças o que não desejas e não consigas realizar o que almejas.

Isto é natural, porque resulta dos acúmulos produzidos em outras existências corporais, que criaram os condicionamentos cujo impositivo tens que arrebentar.

A esta impulsão, o desrespeito à ordem, chamas de tentação, qual nuvem que obscurece o Sol ou fumaça que se desprende da labareda.

Certamente o Sol e o fogo sobrepõem-se aos aparentes impedimentos pela força intrínseca de que se constituem.

Assim também o denodo e a intensidade das tuas aspirações elevadas vencerão esses inimigos, abrindo-te campo de realizações em programas mais felicitadores.

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O Apóstolo Paulo, embora de elevada estirpe espiritual, sofreu a injunção de ser tentado a fazer o que não queria, enquanto, se esforçando, não conseguia fazer sempre o que desejava.

Perseverando e desafiando-se, porém, superou-se, de tal forma, que deixou de ser ele próprio, para que o Cristo n'Ele vivesse.

FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos de Meditação. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 8.